A edição impressa d´A Bola publica hoje uma interessante entrevista a António Boronha, ex-vice-presidente da FPF, que foi o primeiro a publicar a frase de Carlos Queiroz, na Covilhã, que levou ao processo de despedimento do seleccionador. Escreve um blogue com algumas ideias interessantes e sem papas na língua, aqui ficam alguns excertos de uma entrevista que vale a pena ler na integra:
— É verdade que o blogue nasce de uma brincadeira? De um desafio feito pelo seu filho, quando ainda tinha 13 anos de idade?
— É verdade. Ele já tinha feito três blogues. Fiz uma primeira tentativa que mereceu uma crítica muito severa: «Isso que estás a fazer não é nada!» Enchi-me de brio e fiz um blogue a sério.
— Tudo mudou quando o blogue vira para o futebol?
— O blogue nasce a fugir do futebol. Mas os leitores convergiam na observação: «Fala mas é de futebol, deixa-te de tretas.»
— Quando nota que se dá o salto quantitativo?
— Quando, dois meses depois, descobri que tinha atingido 200 e tal leitores. A razão foi simples, em A BOLA tinham colocado uma referência à minha nova situação. Há duas semanas o blogue chegou aos 12 mil visitantes diários. É um dos blogues mais lidos nem Portugal.
— E surge a ameaça ao blogue.
— Surge, porque o blogue cada vez tem mais leitores e mais opinião. Não sou ingénuo, sei que passei a ser incómodo para algumas pessoas.
— Mesmo afastado do futebol...
— A mim próprio me surpreende, que há oito anos afastado dos bastidores e do cerne das decisões, continue a ter a capacidade de intervir e opinar sobre assuntos do futebol. Isso não abona muito a meu favor, abona mais em desfavor de quem lá está e continua a decidir como decidia há dez anos, usando os mesmos truques e as mesmas alianças espúrias.
— E o que é preciso mudar?
— As pessoas. Há quem diga que no futebol não devemos fulanizar as questões. Se não fulanizarmos não vamos a lado nenhum. O sistema reside em pessoas. E são as mesmas que lá estavam na década de 90. As pessoas poderiam ser as mesmas com novas virtudes mas não, são as mesmas com os mesmos defeitos.
— O que pensa dele (Madail)?
— Entendo que está esgotado. Vê-se. Até para bem dele e como amigo, digo-lhe: descanse, saia de cena! As suas intervenções públicas são penosas.
— O que fez Madail de positivo?
— Algumas coisas fez para bem do futebol, mas tem feito muita coisa para bem dele. Agora até o círculo de amigos diz que não pode sair da FPF, porque não podemos perder o lugar na UEFA. Não sei que grande papel desempenha Madail na UEFA!
— E quem manda no futebol português. a Liga, a FPF, Jorge Mendes, Joaquim Oliveira?
—Joaquim Oliveira é indiscutivelmente um interveniente com muito peso no futebol português. Não podemos esquecer o peso que o fulano Joaquim Oliveira e o sicrano Jorge Mendes têm no futebol português. Têm enorme poder de intervenção, de uma forma mais abrangente o Joaquim Oliveira. Do poderio económico que desta malha que Joaquim Oliveira, nos últimos 25 anos, teceu no futebol português, os resultados estão à vista. Gilberto Madail não pode ir contra as opiniões de Joaquim Oliveira, porque é ele quem tem contracto com a FPF,. Joaquim Oliveira tem peso. A questão é de saber se ele e Jorge Mendes exercem esse peso no bom sentido ou no mau sentido. Não sou juiz para os julgar, mas que o podem fazer podem e que o fazem também não tenho duvidas sobre isso. Quem manda no futebol português são dez indivíduos. E têm nome.
É bom não esquecer que António Boronha já fez parte da FPF, é alguém que por lá já andou, portanto saberá bem do que fala…
Li a entrevista na Bola, realmente deve estar a ser incómodo para o persona non grata e não só!
ResponderEliminarAbraço.
mas o pa mais um ressabiado a falar de qûe e para quê ! tens tantas personalidades ilustres e Benfiquistas e trazes este anormal e besta do wc do lumiar para aqui.
ResponderEliminarmais valia trazeres a carolina salgado era muito melhor...
Caro J,
ResponderEliminarO Alguidar é um blogue democrático, e se alguém tem algo relevante,fundamentado e interessante para o dizer, então tem lugar neste blogue, seja verde, azul, encarnado ou de outra cor qualquer.
Caro Nutmeg
ResponderEliminarSubscrevo e aprovo as tuas palavras!